O amor vicia. Amar faz de nós
completamente tolos e drogados capazes de fazer qualquer coisa por
qualquer pessoa. Quando amamos alguém, automaticamente queremos essa
pessoa mais perto de nós a cada minuto da nossa rotina. Queremos
que ela nos entenda mais do que a nós mesmos, apesar disso nunca
acontecer (talvez seja esse o motivo das ilustres DRs). E daí vem os
famosos finais de semana no cinema, ligações na madrugada, mensagens de
“bom dia” ou de “bons sonhos”, apelidos ridículos, e reclamações dos
nossos amigos que não se conformam com tamanha falta de tempo. É, o amor
faz isso, é tudo culpa dele.
Conheço pessoas que têm tanto medo dessa
droga que é incapaz até de tentar usá-la. Se dizem “não-apaixonados”
natos, mas acredito que isso tenha outro nome. Insegurança. Essa
história de que não é o momento de se apaixonar é uma grande hipocrisia
dita por quem sofre daquele mal. Daquele famoso mal que não nos deixa
ficar pendurados na janela do 21º andar, ou que nos proíbe de fazer sexo
sem camisinha. O medo. É, as consequências podem ser assustadoras. O
medo nos faz enxergar as coisas diferentes. É como aquela última vez que
tentou começar uma dieta na segunda-feira. Disse isso na sexta, mas
teve uma outra visão quando chegou segunda. É assim também. Falar que
não é do tipo que se apaixona é só mais uma forma de se defender dessa
(terrível) droga. Falar que não é o momento, ou que está sem cabeça pra
isso, só mostra o quanto de tempo você está perdendo, em vez de tentar
ser feliz logo de uma vez. E isso não quer dizer que você não seja feliz
solteiro. Só quer dizer que você pode ter alguém para compartilhar a
sua felicidade e vivê-la com você.
O grande problema é que a maioria dos
“não-apaixonados-inseguros” não querem mudar seus status para “em um
relacionamento sério”. -A vida já é séria demais, e logo a nossa diversão dos finais de semana vai se tornar séria também? Ah, não. Confundem
relacionamento com posse, e qualquer sentimento que deve ser levado a
sério causa um leve desespero. Mas ainda há aqueles que gostam do
desafio. Gostam do desafio de se envolver, de se jogar de cabeça quando o
coração fala mais alto. É uma droga tão alucinante que até os
“não-apaixonados-inseguros” um dia caem na real e veem que precisam
dela.
O amor não é o tipo de droga que se
escolhe, ele acontece. E o acontecer é muito mais incrível do que
qualquer situação tão fortemente forjada. Viver esse acontecer faz parte
do nosso crescimento. É também uma das coisas que formam a nossa
personalidade. Tanto para nós, quanto para as pessoas ao nosso redor.
E quem insiste em dizer que ainda não é o
momento, desculpe a ousadia, mas é porque provavelmente essa droga já
está te afetando. Falta só coragem para usá-la.
Texto retirado do blog Casal Sem Vergonha
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