Intimidade é ter o mapa do corpo. É conhecer todos os descaminhos do outro. Sentir-se à vontade, sem estar sozinho. É entregar a alma com uma venda nos olhos. Se jogar do precipício do amor, sentindo apenas a brisa da liberdade.
Intimidade
é pele, toque, respiração. Sentir o hálito alheio, o perfume do sexo, o
gosto do suor da paixão. Navegar por sensações ainda não descobertas,
mergulhar no delírio da vontade. É desvendar o desejo, curiosidade do
tato, obsessão por surpreender a rotina.
Intimidade é a confiança do sono, divisão dos pesadelos. Permissão para sonhar acompanhado e
nem sempre dormindo. O íntimo da gente revela aquela pessoa que
queremos ser o tempo todo, mas não podemos. Ser íntimo de alguém é poder
nos transformar até mesmo em quem não queremos ser. Na intimidade,
posso tudo e quero sempre mais. A intimidade perdoa excessos, não há
julgamentos, nem censura. Não há limites, muito menos regras. A
intimidade convida a segurança para viver e, juntas, elas são
indestrutíveis para um relacionamento.
Intimidade
é o ápice do sentimento. Perigosa, como toda liberdade, mas sempre
educativa, como qualquer experiência amorosa. Intimidade é verdade, é
tesão sem falsidade, é amar o acaso, sem medo da eternidade. Intimidade
sem timidez, nem maldade. Intimidade é a melhor fase do casal, a melhor
idade da relação. Intimidade é o ensinamento da paixão.
Texto por Chico Garcia
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Texto por Chico Garcia
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